domingo, 8 de julho de 2012

Música: Como os PCNs nos ajudam a definir eixos para esta área do conhecimento ?


Uma das preocupações na elaboração de um plano de trabalho são os critérios para seleção e ordenação dos conteúdos. Estes devem estar relacionados de tal maneira que possibilitem o desenvolvimento do educando em um processo contínuo no domínio do conhecimento artístico e estético.
De acordo com os PCNs “O conjunto de conteúdos está articulado dentro do contexto de ensino e aprendizagem em três eixos norteadores: a produção, a fruição e a reflexão”.
“A produção refere-se ao fazer artístico e ao conjunto de questões a ele relacionadas, no âmbito do fazer do aluno e dos produtores sociais de arte.

A fruição refere-se à apreciação significativa de arte e do universo a ela relacionado. Tal ação contempla a fruição da produção dos alunos e da produção histórico-social em sua diversidade.

A reflexão refere-se à construção de conhecimento sobre o trabalho artístico pessoal, dos colegas e sobre a arte como produto da história e da multiplicidade das culturas humanas, com ênfase na formação cultivada do cidadão.” PCN Artes, p. 36.

Mas a pergunta ainda pode não estar tão elucidada com a “descoberta” destas três palavrinhas. Para estudantes dos diversos teóricos da educação musical, estas palavras podem não ser tão significantes, ou talvez o sejam, e a grande questão é: que palavras, destas diversas teorias, poderiam ser utilizadas em seus lugares?

Perpassando pelo currículo de outras disciplinas observamos que um mesmo conteúdo é apreciado em diversos eixos diferentes. Por exemplo, em português, um mesmo conteúdo é visto em eixos diferentes, por exemplo: linguagem oral e escrita onde ambos trabalhariam o conteúdo "sílaba".

Dentre as várias possibilidades, fazendo-se um relato da experiência em Salvador, Bahia, procurou-se idéias que pudessem seguir a mesma linha de raciocínio exemplificado no parágrafo anterior.  Depois de muito “bater cabeça”, e tentar descobrir os conteúdos a serem trabalhados partindo de descrições de atividades vivenciadas nas diversas unidades escolares, os professores que participaram desta discussão, na rede municipal supracitada, “esbarraram” no método “TECLA”. Técnica, Execução, Composição, Literatura e Apreciação. Utilizando-o como referência para a criação de eixos nesta área do conhecimento. Não pretende-se aqui aprofundar o estudo neste assunto, mas registra-se que este foi o ponto de partida para a elucidação dos eixos propostos a seguir.

Depois de muita discussão, concluiu-se que ficariam definidos como eixos: 1) Apreciação e percepção musical, 2) Composição e criação, e 3) Performance musical; buscando semelhanças com a proposta encontrada nos PCNs. Ficou, também, entendido que os “eixos” Literatura e Técnica estaria incorporado aos três eixos definidos.

Quais foram os próximos passos? Como se deu a seleção e ordenação dos conteúdos?
Veja no próximo post-it.
Até lá!

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Música: disciplina obrigatória - por onde começamos então?

Começamos do princípio que música é uma área do conhecimento e reconhecendo seu papel nos fundamentos da formação de qualquer cidadão.
 “O universo da arte caracteriza um tipo particular de conhecimento que o ser humano produza a partir das perguntas fundamentais que desde sempre se fez com relação ao seu lugar no mundo.

A manifestação artística tem em comum com o conhecimento científico, técnico ou filosófico seu caráter de criação e inovação. Essencialmente, o ato criador, em qualquer dessas formas de conhecimento, estrutura e organiza o mundo, respondendo aos desafios que dele emanam, num constante processo de transformação do homem e da realidade circundante.” PCN Artes, p. 21.

Para que o trabalho de qualquer área do conhecimento aconteça em sala de aula é preciso, lógico, planejamento.
O educador precisa ter bem definidos os objetivos que nortearão o caminho a ser seguido. Se não sabe por onde começar, qual será o ponto de partida, uma boa sugestão são os PCNs de artes, supracitado, onde o MEC faz uma ótima proposta de organização.
Pra começar a conversa vamos buscar nos PCNs alguns princípios para a área de artes:
A educação em arte propicia o desenvolvimento do pensamento artístico e da percepção estética, que caracterizam um modo próprio de ordenar e dar sentido à experiência humana: o aluno desenvolve sua sensibilidade, percepção e imaginação, tanto ao realizar formas artísticas quanto na ação de apreciar e conhecer as formas produzidas por ele e pelos colegas, pela natureza e nas diferentes culturas.

Esta área também favorece ao aluno relacionar-se criadoramente com as outras disciplinas do currículo. Por exemplo, o aluno que conhece arte pode estabelecer relações mais amplas quando estuda um determinado período histórico. Um aluno que exercita continuamente sua imaginação estará mais habilitado a construir um texto, a desenvolver estratégias pessoais para resolver um problema matemático.” PCN Artes, p. 14.

Tiramos daí fundamentos básicos para nortear a pesquisa e o trabalho.

“A área deve ser incorporada com objetivos amplos que atendam às características das aprendizagens, combinando o fazer artístico ao conhecimento e à reflexão em arte. Esses objetivos devem assegurar a aprendizagem do aluno nos planos perceptivo, imaginativo e produtivo.” PCN Artes, p. 32.

E, abrindo um parêntese, pra não ficar sem comentar o assunto:

Com relação aos conteúdos, orienta-se o ensino da área de modo a acolher a diversidade do repertório cultural que a criança traz para a escola, a trabalhar com os produtos da comunidade na qual a escola está inserida e também que se introduzam informações da produção social a partir de critérios de seleção adequados à participação do estudante na sociedade como cidadão informado.” PCN Artes, p. 32.

Veremos, no próximo artigo, como os PCNs nos ajudam a definir eixos para esta área do conhecimento.

Abraço.
Até o próximo post-it

domingo, 1 de julho de 2012

Videos de alguns trabalhos realizados em escolas públicas no brasil





Folclore - Cubatão- Jogo de copos
Jogo de mãos e copos extraído do livro Lenga la Lenga realizado por crianças com 7 e 8 anos de escola pública.


Jogo de Copos "Bate o Monjolo"
Jogo de copos efetuado por crianças do 5º ano do Ensino Fundamental I.


Educar-rabo do tatu
Atividade de arte-educação desenvolvida pela profa. Cintia Mori em escola pública de Suzano, SP.

MÚSICA: entenda porque a disciplina se tornou obrigatória na escola

Vocês precisam ler esse texto. Por questões legais não posso reproduzí-lo no blog, então acesse o link:
http://educarparacrescer.abril.com.br/politica-publica/musica-escolas-432857.shtml

Conheça a lei que determina a obrigatoriedade do ensino de música em todas as escolas do país a partir de 2012
  
Especialistas afirmam que o ensino de música nas escolas deve trabalhar a coordenação motora, o senso rítmico e melódico.

O ano de 2012 é data limite para que todas as escolas públicas e privadas do Brasil incluam o ensino de música em suas grades curriculares. A exigência surgiu ... (continue lendo no link informado acima)

[Errata. Onde ler: "Antigamente, música era uma disciplina. Hoje não. Ela é apenas uma das linguagens da disciplina chamada artes, que pode englobar ainda artes plásticas e cênicas.", acrescente "dança" como uma das liguagens artísticas.]

No mesmo link veja os tópicos:
1.Todas as séries da Educação Básica terão aulas de Música? 
2. Quais os objetivos do ensino de música?
3. O que deve ser ensinado às crianças?
4. Quem ministrará as aulas de música?
5.Como as escolas devem se preparar? Há tempo suficiente para isso?
6. Contratar profissionais capacitados ou capacitar?
7.Como formar o professor de pedagogia para o ensino de música?
8. Como estabelecer o tipo de formação musical que será oferecida aos alunos?
9. Como a música pode ser introduzida no dia-a-dia escolar?
10. O que pode ser feito para que a lei seja cumprida e para que o Ensino Musical tenha qualidade? 
11. Meu estado está atrasado com relação à lei?