quarta-feira, 9 de novembro de 2016

NOTA DE REPÚDIO - CONCURSO IFBA (2016)

Venho, através desta, publicar nota de repúdio ao Concurso do IFBa, realizada no dia 23/10/2016.

http://www.institutoaocp.org.br/concurso.jsp?id=110

O concurso, inicialmente, só permitia a inscrição de professores de artes visuais. Entrementes, foi feita retificação no edital acrescentando a possibilidade de inscrição para professores de dança, teatro e música.

No item 12 do edital, o qual discorre sobre as questões da prova discursiva, informa, no subitem 12.2 que:

A prova discursiva será composta por 1 (uma) questão de Conhecimentos Específicos, e deverá contemplar um dos pontos (temas) dispostos no Anexo I - Dos Conteúdos Programáticos, conforme a especificidade de cada vaga disponibilizada neste edital.”

No mesmo item 12.2 consta uma tabela dos aspectos que seriam avaliados:

Aspectos
Descrição:
Pontuação
máxima
1
Atendimento ao tema proposto na questão e Conhecimento técnico-científico sobre a matéria.
A resposta elaborada deve ser concernente ao tema proposto pela questão discursiva. Além disso, o candidato deve apresentar conhecimento teórico e prático a respeito do assunto/tema abordado pela questão, demonstrando domínio técnico e científico.
60
2
Clareza de argumentação/senso crítico em relação ao tema proposto na questão.
A argumentação apresentada pelo candidato deve ser pertinente e clara, capaz de convencer seu interlocutor a respeito do ponto de vista defendido, além de demonstrar senso crítico em relação ao questionamento abordado pela questão discursiva.
25
3
Utilização adequada da Língua Portuguesa.
A resposta elaborada deve apresentar em sua estrutura textual: uso adequado da ortografia, constituição dos parágrafos conforme o assunto abordado, estruturação dos períodos no interior dos parágrafos (coerência entre porções textuais, relação lógica entre as ideias propostas, emprego adequado de articuladores no interior das porções textuais).
Caso o candidato tenha obtido pontuação igual a 0 (zero) nos demais aspectos (1 e 2 e 3), o de nº 4 nº 3, de “Utilização adequada da Língua Portuguesa”, também será pontuado com nota 0 (zero).
15

No anexo 1, informado no item 12.2, diz, a respeito da PROVA DISCURSIVA, que, em seu Conteúdo Programático, O candidato realizará uma dissertação acerca de conhecimentos específicos do cargo.

Entretanto, na PROVA 04 para professor de artes, a questão discursiva exige que o candidato faça uma autobiografia de Ana Mae Barbosa (professora de artes plásticas), assim apresentado: “Descreva o percurso percorrido por Ana Mae Barbosa na pesquisa em artes no Brasil, apresentando conceitos ideológicos, metodologias e propostas publicadas pela especialista citada”. 

Aí questiono: Isto é uma dissertação? É para defender um “ponto de vista” de modo a “convencer um interlocutor”? Ou é um texto descritivo a respeito de uma biografia muito específica não citada como conteúdo em qualquer momento em seu edital?

Isto é uma falta de respeito para com os candidatos, além de severa contradição para com o próprio edital.

Além disto, uma prova contundente de que o concurso não se preparou para professores das áreas de dança, teatro ou música, é que nas questões específicas da prova objetiva foram apresentadas 30 questões, entre as quais 9 eram de questões gerais, 12 de artes visuais, 4 de teatro, 3 de dança e, supostamente, 2 de música. Entretanto, uma das questões (supostamente) de música vinha assim apresentada:

35. Para analisar o ritmo, são necessários elementos visuais e de composição. Assinale a alternativa que corresponde a esses elementos.

    (A)   Tema e conteúdo.
    (B)   Linearidade, cor, forma, composição e organização dos elementos.
    (C)   Estilo e período.
    (D)   Forma aberta e fechada.
    (E)    Figuras geométricas.

Alguém me corrija, se eu estiver errado, mas a questão foi mal formulada e não há resposta de conteúdo musical na questão. Questão nula.


Infelizmente não consegui cumprir o prazo para interpor recurso contra o mesmo, mas venho denunciar esta falta de respeito para com os profissionais da área e tornar público a que nos submetemos ao nos inscrever em um concurso federal (que não é barato) que não está preparado para nos incluir como merecemos.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

EDUCADOR? EIS A QUESTÃO.

Ednaldo Rodrigues

Muitos professores de música, professos e estudantes na área, podem pecar por acreditar que a sala de aula regular é uma bolha que está isolada de seu entorno, e que a execução dos planos de aula acontecerá, sempre, da maneira idealizada, baseados em parâmetros comparativos com alguma experiência anterior que tenham vivenciado em outra unidade de ensino, desconsiderando as possíveis interferências externas e internas que podem incidir sobre esta execução. Neste sentido, um fato que é pertinente observar é que cada comunidade escolar responde e age de acordo com a comunidade local, a qual está inserida. Logo, devemos levar as experiências vivenciadas para onde formos, mas não devemos ir, ao novo, carregados de pré-conceitos.

É coerente afirmar a existência de uma diversidade relevante no que tange à realidade que encontramos nas diferentes Unidades de Ensino espalhadas por Salvador. E, no que diz respeito à realidade, uma questão que deve ser levada em conta são os desvios comportamentais em alunos, os quais - desvios - encontraremos em qualquer lugar, é obvio, mas as formas de lidar com os mesmos vão mudar de U.E. para U.E., de gestor para gestor, de regente de classe para regente de classe, de professor de música para professor de música, de classe para classe, de aluno para aluno, em maior ou menor grau e dependendo, impreterivelmente, do contexto, gerando impactos significativos nos planos de aula e no tempo necessário para alcançar determinada habilidade por aluno. Fato é que este é um tema com o qual temos de lidar diariamente nas aulas e precisamos, enquanto educadores musicais, saber contornar esta questão e tirar o melhor proveito possível de nossas aulas, mesmo quando não parece possível.

Vamos ser realistas, além das diferenças de faixa etária e ciclo em que leciona-se, cada turma, cada aluno, tem um tempo diferente de aprendizado, e por nossas salas vão passar alunos que não conseguirão, por exemplo, cantar uma nota afinada, se quer, ou recusar-se-ão a participar da(s) aula(s) ou, até mesmo, ficarão correndo de um lado para o outro durante toda a aula, salvas exceções e contextos. Não acredito que o nosso papel, enquanto educadores no ensino regular, seja impor conteúdos à cabeça dos educandos, ou exigir que ele cante um lá “440”, mas, na qualidade de educador, enxergar o educando enquanto ser humano que tem necessidades e buscar formas de atingi-lo através dos sons, preparando-o para, acima de tudo, ser um indivíduo melhor para a sua comunidade e, consequentemente, para a sociedade.

Me perguntaram um dia desses “o que é musicalizar”, e eu respondi que para mim significa “apropriar o educando do contexto musical”. Parece abstrato? Mas o que significa isso para você? Tenho razões para acreditar que apropriar um indivíduo do contexto musical é muito mais do que mostrar palavras em um quadro, é mais do que reconhecer e decodificar símbolos, é vivenciar o contexto musical enriquecido de seus elementos, e nem precisa ser de maneira consciente, apenas vivenciado.

Todavia, cada professor cria suas estratégias baseado em suas experiências idiossincráticas. Encontraremos quem desenvolva, por exemplo, aulas de música com Mozart do grupo zero ao 3º ano do nível médio, ou quem passará por todos estes sem se quer falar o nome das notas musicais. Existe uma regra a ser seguida? Qual a relevância dos estudos feitos por tantos pesquisadores e doutores em educação musical? Como e o quanto isto deve influenciar o meu plano de aula? A verdade é que não há um consenso sobre este ou aquele método ou educador, e sempre encontraremos questões que discordaremos em um ou outro. Então, ajuste, adapte, crie, faça a aula de música acontecer, e mais importante: faça a aula de música ser marcante, prazerosa. Como você quer ser lembrado? Como aquele professor chato que obrigava cantar a mínima no tempo certo, ou como aquele professor que trouxe um novo olhar para algo que antes “eu” não havia notado no mundo da música? Sem querer dar margem a esta profunda discussão, mas você pode ser um professor que faz uma mínima ficar divertida.

Os estudantes de licenciatura em música que se dão à oportunidade de vivenciar este contexto levarão para sua formação uma visão mais crítica e ampliada a respeito da relevância do ensino de música para o ensino regular a partir de sua convivência com a comunidade escolar e, consequentemente, com seus respectivos supervisores, os quais não são donos do saber ou da verdade, podem não ter a melhor pronuncia do inglês, francês, ou de qualquer outro idioma, mesmo o português, pode não ser o “melhor professor” ou ter os “melhores planos de aula”, na opinião de alguns, ou muitos, mas tem imenso potencial de contribuição baseado em sua experiência de vida e na convivência com os desafios diários de uma sala de aula. Isto deve ser observado. As estratégias criadas por cada um, na comunidade em que está inserido, o processo de adaptação, as conquistas alcançadas no espaço e comunidade escolar. O licenciando tem a oportunidade de questionar, experimentar, contribuir, pois que melhor lugar haveria para favorecer trocas do saber? Mas, para isto, temos que estar focados em um objetivo comum, não permitindo que outras questões nos desviem do caminho, não achando que somos melhores do que o outro, ou ficarmos procurando defeitos, mas devemos estar buscando contribuir, sempre, da melhor forma possível, favorecendo o crescimento mútuo, em todos os níveis.

Deve-se lembrar, também, que as aulas de músicas precisam trazer ludicidade. Você vai errar, vai acertar, não importa. Tem é que continuar tentando, experimentando. Haverão turmas em que você irá sentir vontade de desistir, de jogar tudo para o alto, de mudar de profissão, mas renove suas forças, se este for o caminho que você deseja seguir, e faça a sua parte, não como um mero professor, mas enquanto educador, e, para alguém, em algum momento, você fará a diferença.

Entre os trabalhos que já foram desenvolvidos na Escola Municipal Xavier Marques, estão os projetos de flauta doce, coral infanto-juvenil e o festival de música, além das aulas regulares “de todo dia”, baseados em uma proposta curricular elaborada na Rede Municipal de Salvador, os Marcos de Aprendizagem em Música, trata-se de um documento com proposta curricular em música, feito com o objetivo de orientar os docentes especialistas em música na rede municipal (na verdade foi elaborado pelos professores de artes e inglês).

O Coral Juvenil Xavier Marques foi o primeiro dos três que nasceu na escola, desde 2007, e vem promovendo a educação musical através do canto coletivo e ludicidade. Os ensaios acontecem em turno oposto e este coral já realizou algumas apresentações em eventos tais como na mostra pedagógica da Prefeitura Municipal de Salvador, em Seminário Interno do PIBID, na UFBa, em bibliotecas do bairro, eventos escolares internos e externos, entre outros. Neste ponto, é pertinente a observação que com a estrutura municipal, onde a U.E. está inserida nas comunidades, as crianças pouco saem de seus bairros, e têm suas escolas como mais um elemento para interação entre eles, que já convivem na comunidade. Os momentos de apresentação e saídas são únicos e fazem brilhar cada olhar com a possibilidade de desbravar outros espaços. A escolha do repertório está também intrinsecamente relacionada com a comunidade. E o processo de aceitação do repertório levado pelo professor leva um tempo e está relacionado, também, com a convivência, confiança conquistada e acordos firmados - onde também entra a questão sobre o domínio sobre os desvios comportamentais.

O Festival de Música, concebido desde o ano de 2008, nasceu com a proposta de promover interação multidisciplinar, na qual toda a comunidade escolar estaria envolvida no processo e execução. Seja na categoria COMPOSITORES MIRINS, cuja produção de texto seria feita em parceria com a professora regente da classe, professor de música e alunos, ou na categoria INTERPRETANDO SUCESSOS, onde, na proximidade do festival, um horário da aula seria destinado para ensaio com a professora da turma, todos os dias se possível, para turmas do 3º, 4 º e 5º ano, e o mesmo para a categoria ESPECIAL, nas turmas do 1º e 2º ano, que podem participar cantando ou coreografando.

Para participar do festival o(s) aluno(s) se inscreve(m), e participa(m) de uma “prévia” nas aulas de música da qual sai, pelo menos, um ou dois representantes da turma para concorrer, de acordo com o regimento do festival. A partir daí os ensaios acontecem com o objetivo de melhor preparar as apresentações que serão julgadas e avaliadas por pelo menos três convidados especiais que desempenham a função de jurados. Os DESTAQUES recebem um certificado especial e uma premiação, quando possível, angariada com doações.

O projeto de flauta doce, conquistado com muito esforço, aconteceram em turno oposto, assim como o coral, e só foi concebido no ano de 2012. Após a aquisição de 35 flautas doce soprano. O aluno pode optar por se inscrever em um dos projetos, ou todos.

Este artigo foi utilizado no 3º Seminário Interno do PIBID Música - UFBA, no ano de 2012.




Infelizmente, no ano de 2013, a prefeitura mudou a matriz curricular e obrigou o professor de música desta unidade de ensino a dividir a carga horária entre a Xavier Marques e a Municipal Fazenda Grande, ficando este na Municipal Xavier Marques apenas UM dia na semana, criando um clima desagradável entre a comunidade escolar e o professor supracitado além de IMPEDIR POR ORDEM EXPRESSA a continuação da prática musical (outrora projetos pedagógicos) no turno oposto dos alunos, em todas as escolas da rede municipal de ensino. Com a pura e clara intenção de utilizar-se destes professores para tapar buracos da nova matriz proposta. Quando questionados o que faria-se do investimento da verba pública que foi feita para a realização destes, a resposta foi: "guarda no depósito"! Lastimável. A APLB tentou comprar a briga e conseguiu adiar parcialmente a implantação da matriz, o conselho escolar escreveu um ofício, na tentativa de reverter a situação, mas nenhuma resposta, se quer, houve, e o estrago já havia sido feito.

Em 2014, a secretaria de educação do município (que passou o ano de 2013, inteirinho, replanejando seus propósitos, a fim de não deixar as brechas que haviam deixado na proposta de matriz adiada) alterou mais uma vez a matriz curricular, desta vez aumentando a carga horária por turma no ensino fundamental 1, em cujo currículo encontram-se como "disciplinas diversificadas": Artes (na qual obrigam apenas uma linguagem por escola), língua estrangeira e educação física. Desta vez mas escancarada a proposta (matemática) de colocar estes professores de "disciplinas diversificadas" no que seria a "reserva de carga horária" dos pedagogos. Ou seja, a reserva de CH dos pedagogos está sob a responsabilidade destes professores. Vislumbrando os problemas desta proposta, e para citar apenas um, questionei ao subsecretário o que aconteceria se este professor não pudesse comparecer (claro que seria exceção e não regra), mas a resposta surpreendeu: "a turma seria liberada". Bom, pensando em uma turma de 5º ano, talvez de 4º ano, mas e uma turma de 1º ano? Eles seriam liberados para onde? Para o pátio? Como os pais iriam saber a hora de buscar o aluno? Quem cuidaria destes alunos, enquanto os pais não fossem buscar? Fui para uma exceção, porque não tenho como objetivo aprofundar este tema aqui, mas existem questões de ordem matemática, pedagógica e isonômica, para citar apenas três, que colocam em xeque esta proposta e questionam sua funcionalidade em nossa rede. O ano de 2015 será mais difícil. Atualização do plano de carreira (mal feito), aprovado este ano. Espero, em 2015, poder retomar os trabalhos desenvolvidos/conquistados com a disciplina de música dos anos anteriores, sem a interferência maléfica da secretaria de educação.

Habilidades

A partir daí começou a labuta para organizar as habilidades, como usar os verbos que níveis cognitivos gostaríamos de alcançar em cada habilidade.


Foi quando encontramos os estudos de Benjamin Bloom. Onde nós utilizamos apenas os níveis de conhecimento cognitivo.

Eis os níveis e alguns exemplos dos verbos:


Domínio 1: CONHECIMENTO
apontar - definir - enunciar
inscrever - marcar - nomear - recortar
registrar - relacionar - relatar


Domínio 2 - COMPREENSÃO
descrever - discutir - explicar - expressar
identificar - localizar - narrar - reafirmar
revisar - traduzir - transcrever


Domínio 3:  APLICAÇÃO
aplicar - demonstrar - dramatizar - empregar
esboçar - ilustrar - interferir -inventariar
operar - praticar - traçar


Domínio 4: ANÁLISE
analisar - averiguar - calcular -  categorizar
comparar - contrastar - criticar - debater
diferenciar - distinguir - examinar - experimentar
investigar - provar - verificar


Domínio 5: SÍNTESE
compor - conjugar - coordenar - criar
erigir - esquematizar - formular - organizar
planejar - prestar - propor


Domínio 6: AVALIAÇÃO
avaliar - escolher - estimar - julgar
medir - selecionar - taxar - validar - valorizar

E, baseados nesta teoria e toda esta fundamentação desenvolvemos as habilidades.

Acredito que seria melhor a visualização dos eixos paralelamente. Para que as habilidades possam estar relacionadas entre os eixos.

Claro que a secretaria de educação, embora tenha cedido a oportunidade para esta construção, fez algumas alterações a revelia da comissão e dos demais professores.

O documento foi concebido com toda a preocupação de como este seria apresentado nas escolas e, consequentemente, utilizado.

Ele foi criado para servir de parâmetro para os professores de artes nortearem o seu trabalho, podendo utilizar-se de uma, várias ou acrescentar sugestões ao mesmo.


Acesse o esboço proposto por mim como plano de curso para o 1º ao 5º ano, a partir dos marcos de aprendizagem supracitados:





quarta-feira, 7 de novembro de 2012


O PIBID MÚSICA vem desenvolvendo, desde 2010, estudos sobre a prática musicopedagógica a partir da cultura popular brasileira com o intuito de levar a realidade cotidiana e artística das comunidades para dentro das escolas, visto que são nos grupos culturais que as crianças e adolescentes têm a oportunidade de expressarem-se livremente construindo assim uma identidade.


Contudo, nos próximos dias 22 e 23 (quinta e sexta) acontecerá o III Seminário Interno do Pibid Música tendo como tema: Diversidade e cultura na prática musicopedagógica.
As inscrições são gratuitas através do e-mail: seminariointernopibid@gmail.com


O Pibid é uma iniciativa para o aperfeiçoamento e a valorização da formação de professores para a educação básica.

O programa concede bolsas a alunos de licenciatura participantes de projetos de iniciação à docência desenvolvidos por Instituições de Educação Superior (IES) em parceria com escolas de educação básica da rede pública de ensino.

Os projetos devem promover a inserção dos estudantes no contexto das escolas públicas desde o início da sua formação acadêmica para que desenvolvam atividades didático-pedagógicas sob orientação de um docente da licenciatura e de um professor da escola.

Objetivos do Programa
  • Incentivar a formação de docentes em nível superior para a educação básica;
  • contribuir para a valorização do magistério;
  • elevar a qualidade da formação inicial de professores nos cursos de licenciatura, promovendo a integração entre educação superior e educação básica;
  • inserir os licenciandos no cotidiano de escolas da rede pública de educação, proporcionando-lhes oportunidades de criação e participação em experiências metodológicas, tecnológicas e práticas docentes de caráter inovador e interdisciplinar que busquem a superação de problemas identificados no processo de ensino-aprendizagem;
  • incentivar escolas públicas de educação básica, mobilizando seus professores como coformadores dos futuros docentes e tornando-as protagonistas nos processos de formação inicial para o magistério; e
  • contribuir para a articulação entre teoria e prática necessárias à formação dos docentes, elevando a qualidade das ações acadêmicas nos cursos de licenciatura.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Competências e habilidades


Conteúdos selecionados, eixos definidos, mas, e agora?
Segundo a orientação da Professora Luciene, pedagoga da CENAP que estava a nos orientar, precisávamos definir o que viria a ser COMPETÊNCIA, e o que seria HABILIDADE, para, só então, prosseguirmos.
Poderíamos dizer que uma competência permite mobilizar conhecimentos a fim de se
enfrentar uma determinada situação. Destacamos aqui o termo mobilizar. A competência não é o uso estático de regrinhas aprendidas, mas uma capacidade de lançar mão dos mais variados recursos, de forma criativa e inovadora, no momento e do modo necessário. A competência abarca, portanto, um conjunto de coisas (GARCIA).

Em geral, as habilidades são consideradas como algo menos amplo do que as competências. Assim, a competência estaria constituída por várias habilidades. Entretanto, uma habilidade não "pertence" a determinada competência, uma vez que uma mesma habilidade pode contribuir para competências diferentes (GARCIA).

Uma pessoa, por exemplo, que tenha uma boa expressão verbal (considerando que isso seja uma habilidade) pode se utilizar dela para ser um bom professor, um radialista, um advogado, ou mesmo um demagogo. Em cada caso, essa habilidade estará compondo competências diferentes(GARCIA).

Então, mãos à obra. Concluímos que, para cada eixo, deveria ser desenvolvida uma (ou mais) competência(s).

Inicialmente, ficaram assim definidas:

APRECIAÇÃO E PERCEPÇÃO MUSICAL
COMPOSIÇÃO
PERFORMANCE MUSICAL
1. Alcance progressivo do desenvolvimento auditivo musical, rítmico, melódico, harmônico e tímbrico e a memória musical nos processos de apreciação e percepção.

2. Apreciação significativa em música através de obras musicais de diversos gêneros, épocas e culturas.
Comunicação e expressão através da linguagem musical.
1. Aquisição, através da performance musical, de formas de expressar-se e comunicar-se.

2. Desenvolvimento, consciente e consistente de habilidades e conhecimentos rítmicos, melódicos, harmônicos e psicomotores




No próximo post-it falaremos mais sobre as habilidades.
Até lá.

domingo, 5 de agosto de 2012

I Congresso Nacional de Educação Musical (I CNEM-UEFS)




I Congresso Nacional de Educação Musical (I CNEM-UEFS) da Universidade Estaduall de Feira de Santana (UEFS) é uma iniciativa desta Universidade através de seu Colegiado do Curso de Licenciatura em Música (LICEMUS), por sua vez vinculado ao Departamento de Letras e Artes, e está aberto para inscrições e comunicações no endereço: https://sites.google.com/a/uefs.br/cnem/I-CNEM-UEFS/home
A Comissão Organizadora convida a todos para o I CNEM-UEFS, que ocorrerá em Feira de Santana, Bahia, no campus da UEFS, entre os dias 03 e 05 de outubro de 2012. Serão aceitas submissões de trabalhos científicos (comunicações e pôsteres).

Tendo como tema geral "Educação Musical: formação, ensino, aprendizagem e conhecimento", o I CNEM-UEFS objetiva:
  • Promover debates sobre temas emergentes em educação musical, ressaltando os desafios e estratégias que se apresentam nos cenários local e nacional para a formação pedagógica em musica;
  • Socializar resultados de pesquisas no campo da educação musical;
  • Promover articulação entre IESs, outras instituições afins e sujeitos que atuem no âmbito da Educação Musical;
  • Fomentar a implementação de políticas públicas na formação e no ensino de música, nos âmbitos local e nacional.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

A seleção de conteúdos, em música.

[formatação de currículo para escola regular]

A análise e pesquisa dos conteúdos, em música, a serem utilizados no ensino regular é uma árdua tarefa. Existem as questões legais que não podem estar ausentes e muitas outras.
A preocupação dos professores na rede municipal de ensino, em Salvador, era de tentar abarcar o máximo possível de conteúdos, dentro da perspectiva dos eixos, dos PCNs e das leis, e que estivessem de acordo com a diversidade da realidade em cada núcleo de ensino. Reconhecendo-se que cada eixo também teria seus conteúdos específicos.
Acredito que, cada vez que esse documento for revisado, novas ideias surgirão. Mas, “começando do começo”, a seleção e ordenação deu-se, mais ou menos, com a intenção de ser de forma sequencial, mas não obrigatoriamente na ordem disposta. Por esta razão não colocou-se linhas entre os conteúdos e entre as habilidades, somente colunas, entendendo-se que um conteúdo e/ou habilidade pode navegar por todo o documento a depender da proposta do professor que possa vir a utilizá-lo.
Eis os conteúdos listados
1.       Som e suas propriedades
2.       Elementos da linguagem musical
3.       Percepção de sons diversos
4.       Ritmo associado a atividades e fontes sonoras diversas
5.       Propriedades rítmicas e sonoras
6.       Direção do som:
7.       Ritmos e Canções:
8.       Gráficos, notações, e registros musicais
9.       Gêneros musicais
10.   Histórias musicadas
11.   Compositores, interpretes e obras
12.   Fontes sonoras
13.   Textos musicais
14.   História da música
15.   Música e etnia
16.   História da Música Brasileira
17.   Música vocal
18.   Música instrumental
19.   Música e movimento
20.   Estrutura musical
21.   Música indígena
22.   Música de matriz africana
23.   Meio ambiente
24.   Estética
25.   Música e recursos multimídia
Conteúdos listados, entrou em cena um novo paradigma: como escrever e o que vem a ser as competências e habilidades? Como desenvolver estes conteúdos nos eixos propostos?
Até o próximo post-it.